sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O amargo avanço da douçura - Doce veneno! Doce ilusão!

No rastro da disseminação de uma única planta, transformasram-se sociedades, paisagens e culturas.

Com as campanhas de Alexandre Magno na Índia, e o retorno  de alguns dos seus participantes, começaram a chegar à Europa notícias sobre a existência, no Oriente, de “uma espécie de bambu que produzia mel sem intervenção das abelhas, servindo também para preparar uma bebida inebriante”, nas palavras do historiador português Henrique Parreira.
Era por volta de 327 a.C., e aquelas notícias inscreviam-se em um dos movimentos mais fascinantes da história da humanidade: a disseminação, entre os diferentes povos e regiões, da grande diversidade de plantas e animais existente nas diferentes regiões do planeta. A cana-de-açúcar se tornaria uma das protagonistas deste fenômeno. Até então desconhecida dos europeus, foi descrita a partir de elementos do mundo natural que eles então conheciam. Ela se parecia fisicamente com os bambus e produzia um líquido doce comparável ao mel.
As primeiras notícias sobre a utilização da cana no Ocidente não mencionavam o açúcar. A extração do caldo da cana, assim como seu emprego para produzir “bebidas inebriantes”, marcou o início da sua presença nas sociedades humanas. Segundo pesquisas recentes, a Saccharum officinarum, espécie de cana dominante no mundoé uma gramínea originária da região onde hoje se encontra a Papua Nova Guiné, na zona tropical do Oceano Pacífico, onde deve ter sido domesticada por populações tribais há mais de 7 mil anos. Não se sabe com precisão como se propagou na direção da Índia e da China, mas por volta do século IV a.C. ela era cultivada nessas regiões, inclusive com a manufatura do açúcar em escala reduzida. No século III a.C., fabricava-se na China, a partir da cana, um produto sugestivamente identificado pelos ideogramas “pedra” e “mel”.
O primeiro grande impulso para transformar a cana-de-açúcar em um dos ícones do mundo moderno foi a sua disseminação para a Bacia Mediterrânica, a partir do século X. O movimento ocorreu através dos circuitos que conectavam a expansão árabe entre a Índia e a Europa. O açúcar da cana passou a ser produzido no norte da África, no sul da Península Ibérica e no sul da Itália. Era um mercado de escala reduzida, mas com ganhos significativos, voltado para o ornamento culinário dos muito ricos e para algumas práticas medicinais.
A partir do século XV acontece um segundo impulso inovador, que ampliará enormemente o volume da produção e o alcance social do seu consumo.  De tal forma que no século XIX o açúcar já seria artigo de primeira necessidade para os trabalhadores e a classe média dos países em processo de urbanização e industrialização – um consumo frequentemente associado à difusão do café, do chá e do chocolate, que o antropólogo norte-americano Marshall Sahlins chamou de “drogas suaves” da modernidade.
A indústria açucareira do Atlântico será responsável pela invenção da primeira commodity agrícola, ou seja, um produto cuja escala de produção e a cotação dos preços são definidas pelo mercado global. Para entender o desenvolvimento dessa nova etapa, é preciso considerar as características biológicas da planta e as especificidades físicas do produto. A ecologia original da cana-de-açúcar é profundamente tropical, o que delimitou sua difusão geográfica. O clima quente do Mediterrâneo até aceitou a aclimatação da cana, mas de forma limitada. Os colonizadores portugueses, em seu pragmatismo estratégico, aprenderam algumas lições sobre as restrições ecológicas de novos cultivos. Foi o caso, por exemplo, do fracasso da introdução do trigo, que exige uma espécie de clima temperado, no Nordeste do Brasil. Com o tempo, eles se especializaram em introduzir nas colônias atlânticas espécies originárias dos trópicos asiáticos e africanos. O pleno florescimento da produtividade da planta ocorreu quando ela foi levada para ilhas como a Madeira e as Canárias e, depois, com muito maior intensidade, ao Brasil e ao Caribe.
A aceleração da produção de açúcar nas regiões de floresta tropical do “novo mundo” também está relacionada com um impacto social de enorme alcance: foi o principal estímulo para a construção do escravismo moderno. Foi nos territórios da América tropical que o modelo de produção de monoculturas e trabalho escravo gerou o maior impacto na ecologia das paisagens. Desde o início da agricultura, especialmente no contexto das civilizações complexas surgidas nos últimos 7 mil anos, o desflorestamento global concentrou-se nas florestas temperadas do hemisfério norte. O desmatamento tropical é um fenômeno moderno, que atingiu o seu auge no século XX. O Brasil e algumas ilhas do Caribe, como Cuba e Jamaica, tornaram-se os símbolos do desmatamento provocado pela cana. Mas ele se alastrou para várias outras regiões, como as Ilhas Maurício, Indonésia, Filipinas, Havaí e Fiji.
Em seu livro Nordeste, de 1937, Gilberto Freyre apresentou a entrada da cana na região como “um conquistador em terra inimiga, matando as árvores, secando o mato, afugentando e destruindo os animais e até os índios, querendo para si toda a força da terra”. Mais de dois séculos antes, em 1711, o jesuíta Antonil já havia descrito a fórmula sintética do canavial como um impiedoso conquistador ecológico – “feita a escolha da melhor terra para a cana, roça-se, queima-se e alimpa-se, tirando-lhe tudo o que podia servir de embaraço”. A floresta tropical, com toda a sua diversidade, aos olhos dos produtores, representava apenas um “embaraço” para o avanço da cana. 
É importante não sermos anacrônicos no julgamento dos agentes do desflorestamento tropical na formação do mundo moderno. Naquele contexto cultural e ecológico, no qual as matas pareciam infindas, eles fizeram uso dos fatores de produção com os quais contavam, montando um sistema bastante eficaz. No Brasil, as variedades de cana introduzidas de fora estavam livres das doenças e dos parasitas que as atacavam em seus lugares de origem. Os solos da região, especialmente o massapé, revelaram-se propícios. A chuva abundante e contínua dispensava a necessidade de irrigação. As cinzas da biomassa queimada da Mata Atlântica fertilizavam o solo, dispensando a adubação. O esgotamento dos solos, após alguns anos de uso, era enfrentado com novas queimadas e com o avanço da fronteira econômica.
E o impacto nas florestas não se devia apenas à abertura de terras para o plantio. Para cada quilo de açúcar produzido, cerca de 15 quilos de lenha eram queimados nas fornalhas que alimentavam os enormes caldeirões onde o caldo da cana era cristalizado. Para purgar o açúcar nas moendas, utilizava-se cinza de madeira, em muitos lugares retirada dos manguezais. O conjunto da infraestrutura estava calcado na madeira ou em materiais cuja produção requeria o uso de lenha em fornalhas – como tijolos, telhas e cal. Das árvores tropicais provinham até as caixas onde o açúcar era acondicionado para exportação.
No outro extremo da cadeia econômica, o açúcar transformava a ecologia do consumo. No mundo pré-moderno, a culinária pouco utilizava o sabor adocicado – era pontual o uso de mel, de sorgo doce, de frutas etc. O açúcar foi uma revolução. Por ser fácil de armazenar e transportar, além de adoçar sem modificar muito o sabor da comida, tornou-se o adoçante quase hegemônico. Apenas o açúcar de beterraba possui propriedades físicas semelhantes. Mas, após crescer com força na produção europeia do século XIX, chegando a gerar 65% do açúcar consumido mundialmente em 1900, a beterraba perdeu fôlego no século XX diante do vigor resistente da velha cana tropical. Hoje representa não mais do que 30% do consumo total.
Quais as consequências hoje do consumo global de mais de 160 milhões de toneladas de açúcar, contra apenas 8 milhões no início do século XX? Quais os efeitos sociais de um consumo médio anual de 23 quilos, em uma escala que vai de um mínimo de 8 quilos em Bangladesh para um máximo de 66 quilos em Israel?  Como avaliar o efeito da combinação do açúcar com as bebidas energéticas (como o café) que estimulam a atividade dos corpos humanos no ritmo de vida frenética da civilização urbano-industrial? Como equacionar o cortejo de delícias gustativas que o açúcar gerou, associado ao crescimento epidêmico da diabetes, das cáries dentárias e da obesidade?
A sensação doce na boca tornou-se um dos traços culturais distintivos da globalização. Mas quem considerar todos os seus componentes históricos – incluindo os desflorestamentos, as escravidões e as chamadas “doenças da civilização” – não poderá deixar de notar um gosto amargo, por vezes demasiadamente amargo, do império da doçura.


José Augusto Páduaé professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil (1786-1888), (Zahar, 2002). 



Considerado por alguns uma droga tão viciante quanto a heroína, o açúcar esconde por trás de seu doce paladar uma verdadeira ilusão para a saúde. Veja aqui a opinião de médicos e especialistas sobre esse desejado alimento, responsável por uma série de doenças.Por Viviane Pereira 


O QUE DIZ A HISTÓRIA:

Há quem diga que o sexo e a comida são os dois maiores prazeres da vida. No caso brasileiro, o açúcar vem cumprindo um papel histórico de dar “liga” aos dois, combinando a natureza violenta e dominadora a uma cultura adocicada, marcada pela negociação dos conflitos.
A sensibilidade despertada pelo sabor açucarado e os lucros advindos desse comércio motivaram a construção de uma sociedade em que o mais português dos preconceitos não resistiu às tentações do suor escravo, conforme demonstrou Gilberto Freyre. Para mucamas, quituteiras, concubinas ou cozinheiras, a satisfação da gula tinha valor de liberdade. No cerco dos engenhos, o açúcar era o resultado de um complexo sistema produtivo, mas foi se tornando também a autonomia da colônia, a sobrevivência do escravo, o segredo da sedução feminina, a moeda dos mascates, o pecado, a autoridade e a violência do senhor.
Mas o poder tem sua própria lógica de preservação. Subordinou a ecologia, ampliou-se em redes comerciais espalhadas por todo o mundo ocidental e forjou a mentalidade do colonizado. Imperialista, logo, territorial, o açúcar ainda hoje invade a Amazônia. Seu produto bruto é “senhor” do imaginário de gulosos de todos os gêneros, enquanto derivados, como a cachaça ou a confeitaria, continuam dando satisfações ao homem e à mulher contemporâneos


VEJA TAMBÉM:

Doce Lucro
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/doce-lucro
O amargo avanço da douçura
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-amargo-avanco-da-docura
Commodity refinado
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/commodityrefinado




sábado, 9 de novembro de 2013

KRAHÔ


Dança/ritual só de mulheres da etnia Krahô e eu extasiada com gratidão entre elas:




Meu companheiro e eu estivemos trabalhando na Feria de Sementes Tradicionais Krahô  como voluntários na equipe do IBC - Instituto Biorregional do Cerrado, de Alto Paraíso de Goiás, e ECOTERRA de Palmas, Tocantins.
Ficamos na missão da gestão ambiental, desde o preparo dos banheiros secos e manutenção, trabalho com os resíduos sólidos e orgânicos, até a conciêntização, e coordenação da produção das placas de sinalização do encontro, além do entretenimento artístico e uma visão sustentável como opção para as Aldeias indígenas sofrerem menor impacto sobre a influência do nosso sistema capitalista e visão de mundo, e ainda a falta de informação e educação adequada para uma melhor compreensão sobre a realidade de todo o "progresso" chegando .

Foi muito linda a experiência e oportunidade de contribuir para a valorização e resgate da cultura indígena, e poder interagir, trocar e apresentar novas visões e possibilidades para a harmonia entre  urbanização e a preservação cultura e ambiental.

Além disso a experiência aponta melhor os obstáculos e dificuldades e traz ainda mais esperança de que há de aparecer mais guerreiros do amor e da união de todos os povos pela consciência planetária e respeito à nossa mãe terra, nossos irmãos e todos os seres.

Mais informações futuramente no nosso blog www.bobmolaemarabamba.wordpres.com





sexta-feira, 20 de setembro de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sistema Ultrapassado de Saúde

http://youtu.be/TsQDBSfgE6k

A sigla SUS colou. O conceito não. Contradiz o que pretende passar para os usuários. Saúde não é ausência de doênça. É o bem-estar físico, mental e social do indivíduo. Supõe sociedade justa, igualitária, segura, educada, produtiva de bens necessários e não de males supérfulos. Não se promove saúde tratando enfermos. Cura é ação válida. Reduz sofrimento, atenua sequelas. Porém, não atinge o cerne da questão. As doenças não desaparecem.
Propagam-se mercê de um modelo que prioriza terapêutica, não profilaxia. Tratamento cura paciente, mas não impede a difusão da moléstia. Alivia sintomas, não erradica fontes do mal. Não protege o cidadão dos riscos potencialmente leivos às estruturas e funções do organismo humano.

As evidências são fartas. Nos Estados Unidos, o impacto de investimentos orçamentários do setor saúde, medido pela redução da mortalidade, mostra o seguinte: 90% dos recursos são aplicados para manter e ampliar a rede de serviços destinados ao diagnóstico e tratamento de doenças, resultando na redução de apenas 11% da mortalidade; 1,5% investidos em mudança de estilo de vida levam à queda de 43% da mortalidade; 1,6% destinados a qualificar o meio ambiente diminuem 19% da mortalidade; e 7.9% despendidos em biologia de saúde fazem baixar 27% do referido indicador. Em síntese, tratar doentes consome quase todo orçamento de saúde daquele país. O retorno é insignificante quando comparado ao produto de investimentos mínimos em outra políticas sanitárias.

No Brasil, não é diferente. O SUS utiliza a maioria do orçamento nos cuidados enfermos. A rede física aumenta. Despesas com recursos materiais, equipamentos e insumos diversos exorbitam. Morbidades grassam. Quantidade e qualidade de serviço no país, descreveu, em linguagem objetiva, a imagem diagnóstica que saltava aos olhos: “O Brasil é um imenso hospital”. Não se tratava de força de expressão. Traduzia a realidade reinante em todo o território ncional. Quase um século depois, a frase continua aplicável em gênero, número e grau à paisagem sanitária que empobrece a sociedade brasileira. As doenças avançam livremente. Só mudaram de perfil, mas aquele imenso hospital tornou-se ainda maior. A população segue distante do direito ao completo bem-estar físico mental e social. Tornou-se multidão de enfermos em desesperada busca pelos serviços médico-hospitalares que praticamente regem um sistema que ainda não é saúde.

As políticas públicas de caráter preventivo não têm prioridade. São insignificantes face ao tempo perdido para aplicá-las e ao montante orçamentário desperdiçado em gastos curativos que extrapolam os requerimentos epidemiologicamente justificáveis.

Provas científicas atestam, de há muito, a viabilidade e a relevância de providências capazes de erradicar boa parte das doenças. No campo das enfermidades infecciosas, os exemplos são sobejos. Varíola e poliomelite acometiam elevados percentuais de indivíduos no século passado. Eram afecções virais que matavam ou deixavam sequelas. Requeriam diagnóstico e tratamentos que consumiam vultuosas somas de recursos para produzirem medíocres impáctos na reversão dos danosos efeitos sobre a vida das pessoas. De fato, não havia cura possível, apenas sobrevivência com os estragos causados pelos vírus que se multiplicavam e circulavam na mais plena desenvoltura.

Estava claro que a medicina curativa pouco poderia fazer para proteger a população daqueles males. Somente o controle de suas causas traria mudanças significativas para a sociedade. Surgiram as vacinas. Aplicadas sistematicamente, reverteram o panorama cruel das duas viroses. A varíola desapareceu do planeta. A poliomelite caminha na mesma direção, já tendo sido erradicada de vários países, inclusive do Brasil. O custo da prevenção é infinitamente menor que o da terapêutica. E os resultado, imcomparávelmente melhores.
Não se pode negar que a maioria das enfermidades tem origem no modelo econômico dominante. Hábitos e condições de vida incompatíveis com o bem-estar do ser humano constituem caldo de cultura que alimenta os agentes causais responsáveis pelo adoecimento dos cidadãos. Não apenas os agentes infecciosos, também os de outra natureza.

Na sociedade atual, a principal causa das morbidades que acometem as pessoas é o estresse crônico gerado pela ansiedade do consumismo e da competitividade sem limite, plantadas cauculadamente em todos os seguimentos populacionais. A ação corrosiva que exerce sobre as estruturas humanas é conhecida. As enfermidades geradas são inúmeras. Sobrecarregam o SUS com demandas terapêuticas cada vez mais pesadas e caras. Sua etiologia está bem identificada. Não há tratamento eficaz para as consequências nosológicas que acarretam. Os efeitos favoráveis da prevenção são bem comprovados, embora ignorados por contrariarem a primazia dos interesses econômicos dominantes.

A solução defendida pelos governos tem sido a de um sistema de saúde de fachada, dedicado a cuidar de indivíduos doentes ao invés de evitar que fiquem doentes. O modelo econômico continua, assim, comandando o espetáculo. As consequências nefastas que desencadeia são tratadas, não prevenidas, porque profilaxia supõe mudança de modelo. Tal percepção não é novidade.

Vale lembrar, a propósito, a reflexão marcante do professor de fisiologia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Mauritano Rodrigues Ferreira, feita quando pronunciou discurso de paraninfo na solenidade de formatura da turma de 1966. Dirigiu-se aos formandos, entre os quais o autor deste artigo, com ênfase especial: “Tomem todo o cuidado para não se deixarem transformar em médicos encarregados de tratar das doenças produzidas pelo regime em vigor”.

Sábias palavras, forte apelo à consiência profissional dotada de sólido potencial transformador. Não por acaso, tudo se fez no país para que os médicos deixassem de ser profissionais liberais. Perderam autonomia. Foram convertidos em empregados do Estado ou das empresas de Saúde Suplementar, condenados a prestar serviços segundo normas e condutas que emanam de um regime econômico tão atrasado quanto reacionário.

O “pibinho” que tanto assusta os governantes da pátria amada e idolatrada tem tudo a ver com o tipo de sistema de saúde implantado. É revelador do retardo nacional e não somente de crises internacionais. Se a maioria da população fosse de pessoas saudáveis, não doentes, o PIB do país seria outro. Manter a saúde no atraso é estratégia economicamente perversa.

Contraria frontalmente o conhecimento científico produzido há quase cinquenta anos pelo sueco Gunnar Myrdal, ganhador do Prêmio Nobel de Economia. Com base nas realidades estudadas, o brilhante pesquisador sintetizou sua consistente teoria da causação circular do processo acumulativo social: “Os povos são pobres e doentes porque produzem pouco, e produzem pouco porque são pobres e doentes para produzirem mais”. Esse terrível círculo vicioso somente será quebrado mediante a promoção qualificada do bem-estar físico, mental e social do indivíduo. Não há outra saída.

Persistir na expansão das ações curativas como prioridade, a despeito de tanta evidência em contrário, só é coerente com a lógica da economia capitalista. Reforça a dinâmica do consumismo supérfluo. Eleva o uso indevido de medicamentos, tecnologias diagnósticas e terapêuticas deslumbrantes, prática que atrai investimentos, aumenta produção industrial, gera emprego, amplia o comércio, aumenta a arrecadação de impostos. A economia robustece.
A indústria agradece. A sociedade adoece. Quanto mais doença, mais lucro e benefício financeiro.

Para incorporar princípios éticos à condução das políticas públicas, urge mudar o sistema de saúde. Imediatatismos nada resolvem. Mediatismos, muito menos. Dizer, por exemplo, que há falta de médicos no país é falar sem pensar. Na verdade, há excesso de doentes. O que falta é população sadia. A solução digna não é, pois, promover o
boom de cursos médicos desqualificados para criar exército de reserva de tão complexa mão de obra. Cumpre inverter o rumo das políticas do setor, investir na prevenção para erradicar causas das enfermidades que acomentem os cidadãos com maior frequência. O único caminho é promover saúde no verdadeiro sentido, identificado com o bem-estar da cidadania.

Ministério e secretarias ditos da saúde precisam sê-lo de fato. Não passam de Ministério e secretarias da doença. Recorrem a campanhas publicitárias ilusórias e eleitoreiras para fazerem crer que o sistema público vai muito bem. Mantêm olhar de descaso para conhecimentos científicos da epigenética cujos conteúdos exaltam a primazia dos cuidados preventivos sobre os curativos. Entendem que atenção primária é coisa simples e barata. Pode ser prestada por qualquer profissional, independentemente de sua formação. Ledo engano. O modelo chinês do médico pé-descalso já era. Cuidado primário é tão comlpexo quanto os dos demais níveis de atenção. Exige visão abrangente e profunda da medicina, sem a qual se perde a oportunidade de dotá-lo das condutas preventivas e educativas capazes de reverter a atual falta e cultura sanitária.

A maioria das doenças do adulto tem início na infância. Para prevení-las não há alternativa reducionista e simplificadora que se justifique. Quanto mais se respeita e valoriza o cuidado pediátrico qualificado nessa fase da vida, menor a prevalência de males futuros. Quanto mais intervenções educativas em saúde nos meios de comunicação, maior o potencial de bem-estar das pessoas. Quanto menos propagandas enganosas e m
erchandising na mídia, maior a chance e ambiente compatível com os requisitos de vida saudável. O úniverso do SUS vai muito além de UPAS´s, Samus e hospitais. Se não avançar no papel revolucionário que lhe cabe, continuará sendo um Sistema Ultrapassado de Saúde.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ALÉM DA SAÚDE



O homem sóbrio conserva a saúde, experimenta um bem estar físico que o habilita para o trabalho e o torna calmo e moderado em suas ações, e tem todas as probabilidades de atingir invejável velhice; o intemperante, pelo contrário, está quase sempre indisposto, fadigado, irritado, e, durante sua curta existência, só conhece a doença e o sofrimento.

Nós mesmos somos os causadores das doenças que nos acometem, e somos responsáveis pelo estado de sapude dos nossos filhos, aos quais resguardam sua descendência, graças à adoção e hábitos de viver sadios.

Só as pessoas sóbrias estão escudadas contra essas taras, contra as quais resguardam sua escendência, graças à adoção de hábitos de viver sadios.

Para sermos sóbrios no verdadeiro sentido da expressão, é mister modificarmos radicalmente a nossa alimentação. O principal vício alimentar de nossa época reside no abuso dos alimentos de origem animal. Devemos, pois, adotar um novo regime. Ou pelo menos ficar realmente consciente das causas e consequências desse auto-envenenamento e as questões não apenas de sáude, mas também morais que envolvem nossos hábitos alimentares.

Em seguida citarei a palavra autorizada de alguns médicos (levando em consideração à epoca destes depoimentos, podemos observar como as questões de saúde e bem comum social/político/ambiental não são foco daqueles que deveriam ser responsáveis pelos interesses do seu povo e não do capital que corrompe e condena nossa sociedade:

Prof. Dr. Artur de Vasconcelos
Alimentos completos não há. Nunca existiram. No regime cárneo muito menos, e, se não se der às carnes a culinária extravagente, são até intragáveis, ao passo que o regime vegetariano...
E em tais questões se fundam as estatísticas que a ciência reconhece o vegetarianismo como o regime mais completo (se aplicado corretamente).

Prof. Marcel Labé
O regime vegetariano ... é suficiente à nossa alimentação. Pode substituir o regime cárneo, mesmo do ponto de vista das proteínas;

Dr. Alberto Lyra
O regime vegetariano alcaliniza o sangue, acelera as oxidações, reduz os detritos azotados e as toxinas; expões menos do que o regime comum às doenças de pele, aso artritismo e às congestões dos órgãos internos. Torna o espírito mais lúcido e transforma o homem num ser pacífico. não agressivo, nem violento ou neurastênico. É suficientemente prático e pode ser racionalmente aceito e preconizado por aqueles que buscam o ideal da transformação e da educação das raças pacíficas, vigorosas e ativas.

Dr. Charles Hill
O principal fundamento que tem levado numerosos indivíduos ao vegetarianismo, tem sido de ordem moral ou filosófica. Mas hoje, encontram-se argumentos de ordem econômica e científica, que justificam este regime.

Dr. Allison
Pouco teriam que fazer os médicos se a humanidade não comesse carne. (reflita sobre isto e o contexto político)

Ao contr´rio da carne, que excita e intoxica, os vegetais são tônicos e anti-tóxicos... E em tais razões se fundam as estatísticas em que a ciência reconhece o vegetarianismo como o regime mais completo.

"O homem não morre; mata-se." escreve o Dr. Gustavo Armbrust. "Umas das causas da morte prematura ESTÁ NA ALIMENTAÇÃO IRRACIONAL. Em geral comemos muitoe, o que é pior, não sabemos escolher os alimentos...
Para muitos, a felicidade consiste na boa mesa, repleta de ricas iguarias e vinhos finhos finos. A dispepsia, a obesidade, a arteriosclerose, etc., são a consequ~encia fatal desse regime chamado "suculento" , e grande número desses pseudo-afortunados talvez inveje a saúde exuberante de muitos pobres, mantida à custa de uma frugalidade as mais das vezes forçada".

Disse o Dr. jaime Eyre:
"A humanidade, com os dentes, cava a sua própria sepultura".

"O homem não morre ; ele se mata" disse o filósofo romano Sênica, NO COMEÇO DA ERA CRISTÃ.

Conclusão notável, esta, para quem viveu muitos séculos antes que fosse compreendida a causa real das doenças.

Hoje a prevenção ou o controle da maioria dos nossos males estão ao alcance de todos. Não obstante, essa vitoriosa possibilidade parece pouco influir sobre o nosso regime de vida. Na maioria continuamos a tocar para frente, pouco preocupados com os resultados do que fazemos.

Não há, provavelmente, abuso tão grave e generalizado, em matéria de saúde, como comer demais. O corpo deve receber, com regularidade, certa porção de proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais e vitaminas, a fim de crescer, reparar os tecidos e atender a outros processos vitais.

O excesso de vitaminas e de sais minerais não causa mal apreciável, mas o exagero de hidratos de carbono, gorduras e proteínas provoca obesidade, que é verdadeira doença.

Os registros das companhias de seguro mostram claramente que o peso por gordura inútil, senão prejudicial, está sempre ligado à mortalidade prematura, pelo que os obesos têm de pagar preços mais altos, e os muito obesos nem sequer são aceitos.

As pessoas de 45 anos de idade e mais, com 5 a 10% de excesso de peso, morrem na proporção de 27% acima do normal. As que possuem 15 a 25% de excesso morrem na proporção de 56% acima do normal. As que atingem mais de 25% de excesso, morrem na proporção de 80% acima do normal! Um sistema simples de rápido de apressar a morte! A observação prática diz que " para cada polegada de cintura que ecxeda o perímetro do peito devem ser substraídos dois anos de probabilidade de vida do homem".

O Dr. C. P. Donnison, que foi médico oficial da South Kavirondo Native Reserve (África Oriental), teve a oportunidade de observar o estado de saúde e o regime alimentar de cerca de 200.000 aborígenes que viviam nas proximidade de 50 europeus.


Verificou também a incidência de moléstias em outras comunidades primitivas, como as de Tanganika, Nigéria, Costa do Ouro, etc., e escreveu, sobre o assunto, a interessante obra "Civilization asn Disease", em que apresenta várias estatísticas, nas quais mostra que certas doenças comuns entre as raças brancas, em várias regiões do globo, são raras e ás vezes inexistentes entre povos em cujo seio a civilização ocidental ainda não deixou raízes profundas.

A hipertensão arterial, o bócio exoftálmico, a diabetes, a úlcera gástrica, o raquitismo e várias psiconeuroses têm estreita ligação com a civilização, afirma o Dr. Donninson, pois um dos fatores da predisposição para tais moléstias é o tipo da alimentação e o excesso de comida.

A sensação de cansaço, de tantas pessoas que se queixam, principalmente ao levantar-se, é devida, na maioria das vezes, ao condenável hábito de comer em excesso. Milhares de indivíduos carregam por toda a existência a sensação crônica de cansaço, sem saberem que a causa é apenas o gasto de energias na digestão de alimentos que o organismo não necessita. Esse excesso constitui, simplesmente, um obstáculo ao perfeito desempenho das funções orgânicas, produzindo várias perturbações, principalmente no fígado, rins, coração e cérebro. Muitas pessoas se queixam, constantemente de dores de cabeça, e de impossibilidade de raciocínio claro, sem se darem conta de que esses males resultam do excesso de alimentação.
Geralemnte pensam que há qualquer perturbação no sistema nervoso, quando a causa está unicamente no estômago e intestinos sobrecarregados. Recorrem, então, a remédios de toda espécie, que não podem trazer-lhes qualquer melhora.

Quem adota uma alimentação apropriada, nunca precisa pensar em drogas que estimulem a digestão e absorção dos alimentos. O organismo humano é perfeitamente capaz de cuidar de si, se o tratamos convenientemente e se lhe damos a oportunidade de bem desempenhar suas funções. Mas, cometendo toda sorte de abusos contra ele, só podemos esperar o seu desgaste ou desarranjo, e, como consequência fatal, a doença. Para impedí-la, deve-se, portanto, ter em mente que o corpo humano requer, para sua manuntenção, alimentos simples, sadios, equilibrados e em quantidade apropriada.

Quando um órgão é estimulado para desempenhar suas funções em exagero, a exemplo de um burro chicoteado para trabalhar em demasia, segue-se, como consequência lógica, a sua ruína. Assim, também, quando comemos mais do que o necessário para manter o perfeito equilíbrio das funções orgânicas, sofremos enormes prejuízos para a saúde.

A humanidade, em geral, tem pouquíssimos conhecimentos sobre a alimentação sadia e não se preocupa com a importância da nutrição. Não reconhece o grande valor que a alimentação correta desempenha na defesa da saúde.

Uma das mais chocantes incoerências do nosso século é que se lastima, se comenta e se procura solucionar o problema da fome existente nos países subdesenvolvidos, ao passo que se perde de vista o mil vezes mais grave problema da gastrolatria e da embriaguês.
Parece-nos que muito antes de se procurar resolver o primeiro deveria procurar-se resolver o segundo, de vez que este está matando pelo menos mil vezes mais gente que aquele.

O problema primacial com que se defronta atualmente a civilização, é, ao que se vê, o da alimentação escessiva, como afirma Frederick Hoelzel. uma das maiores autoridades do mundo em Dietética, pois está comprovado que o excesso alimentar prejudica definitivamente a eficiência física, mental e encurta a vida.

Das duas espécies de fome existentes, o público apenas percebe uma-a fome da pobreza-na qual o organismo humano não recebe alimentos em quantidade suficiente.

A outra, em geralmente, passa desapercebida, e, ainda que posta em evidência, muita gente se recusa a acreditar na sua existência. É a fome da abundância, a fome da mesa cheia na qual há fartura, ou mesmo excessos, mas de alimentos mal escolhidos, mal combinados, mal equilibrados, mal preparados, do ponto de vista da saúde. É a "FOME DOS RICOS", que consomem três, quatro ou cinco refeições diárias, mas não ingerem todos os elementos nutritivos de que realmente precisam. É uma fome, não quantitativa, simplesmente por falta de conhecimento (e interesse) no tocante ao valor nutritivo dos próprios alimentos para cuja aquisição não lhes falta dinheiro.

Quanto mais as pessoas tiverem conhecimento dos efeitos contra-producentes das comidas artificiais, especialmente os produzidos por uma alimentação rica em proteínas, e quanto mais for alertado sobre os benefícios do uso de frutas e verduras FRESCAS, tanto menos mercado haverá para os produtos enlatados, que devem ser rejeitados por todos que preza sua saúde.

As frutas e verduras contêm grande quantidade de sais minerais alcalinos, que neutralizam os ácidos do organismo, resultantes de toda espécie de atividade orgânica.

O mais abundante deles é o ácido carbônico, que se transforma em anidrido carbônico e sob essa forma é expelido com a respiração. O ácido úrico e vários outros sçao eliminados com a urina. O ácido láctico, produzido em grandes quantidades, é eliminado pela pele.

Em certas molpestias, como, por exemplo, o reumatismo, a produção de ácido láctico é tão grande que a transpiração se torna excessivamente ácida.

Outro serviço de grande valor prestado pelas frutas e verduras, graças à sua riqueza em substâncias alcalinas, é o aumento da resistência orgânica.

Quanto maior a atividade dos glóbulos brancos do sangue, os chamados defensores do organismo, mais elevada a resistência orgânica contra as doenças é muito diminuída.


Para o aparecimento dessa condição concorrem também os hábitos sedentários, que determinam a prisçao de ventre, mercê da qual são absorvidas as substâncias tóxicas produzidas pela putrefação intestinal, especialmente quando a carne e os ovos são largamente usados nas refeições;

Essas toxinas sobrecarregam o fígado e dificultam suas funções, uma das quais é destruir o ácido úrico, convertendo-o em uréia. Em consequência, o ácido úrico acumula-se no sangue e nos tecidos.

Recomenda-se, pois, para manter o organismo em perfeito estado de saúde, o uso abundante de frutas e verduras frescas.

"Minhas crianças têm verdadeira repgnância pelas verduras" - é a expressão com que muitas mães formulam suas queixas, Se investigarmos a causa, verificamos que a culpa está com os próprios pais, e, de modo especial, com a mãe, que viciou seus filhos a comer sem verduras cruas. As crianças, de modo geral, imitam os pais. Ora, se papai não gosta de verdura, e mamaãe não tolera saladas, não há argumento que faça Joãozinho comê-las.

Se os pais pensassem na absoluta necessidade de as crianças fazerem largo consumo de verduras, não se poupariam ao "sacrifício" de usá-las abundantemente, para que seus filhos, por imitação, fizessem o mesmo.


"O melhor conselho é o exemplo"

A fim de proporcionarem à sua prole os benéficos resultados do liberal consumo de hortaliças, vale a apena fazerem os pais a "violência" de saborear cada dia um boa salada, pois, afinal de contas, essa ação lhes beneficia a eles prórpios.

A horta caseira oferece benefícios que todos podem verificar e que muitos sabem aproeitar, mas geralmente foge à percepção da maioria dos consumidores de verduras o fato de que as hortaliças plantadas e tratadas pelo próprio interessado e sua família escapam a uma contaminação muito perigosa para a saúde, de vez que, muito produtores, ansiosos por colher grandes e belas hortaliças, capazes de atingir os mais altos preços, não hsitam em aproveitar os excrementos e urinas de suas próprias fossas, usar venenos tóxicos ou não se precavir das condições do adubo de origem de fezes de criações.

A horta orgânica doméstica é um recurso para contronar esse sério problema. Em geral, graças ao fato de o solo ser adubado com o próprio resíduo (matéria orgãnica) de casa, devidamente preparado em composteira, o perigo de contaminação é praticamente nulo.
São, sem dúvidas, palpáveis os benefícios da horta própria, também do ponto e vista econômico, pois, com um pouco de boa vontade, despesa mínima e alguns cuidados sumários, QUALQUER pessoa pode facilmente colher apreciável quantidade de excelentes hortaliças, muito mais baratas do que as encontradas nas feiras, supermercados ou quitandas. E isso com a vantagem de serem esses vegetais bem mais frescos e muito mais sadios, pois não estão sujeitos a transportes, que os danificam, nem precisam ficar  aguardando à espera do comprador, fatores que muito prejudicam o teor vitamínico das verduras, além de seu modo de produção, hoje em dia predominantemente usando agrotóxicos, e os que não têm preços muito elevados.
Quem dispuser de alguns metros quadrados de terra no seu quintal poderá plantar, com a convicção de que será grandemente recompensado. Qualquer pessoas pode cultivar um pé de chuchu, alguns pés de couve, vários tomateiros, um pouco de salsa e ceboinha, além de rabanetes, espinafre, alface, beterraba, cenoura, etc...para tornar mais variada a horta.

Alguns, invocarão motivos tais como a esterilidade do solo, a falta d´água, a carestia dos adubos, os frangos do fisinho, as formigas e outras pragas, e, ainda, lembrará que os pardais são os inimigos das hortas.

A boa vontade, porém, aliada à experiência, mostrará que esses obstáculos, reais ou aparentes, podem ser contornados.

"Se todos os que têm um pedaço de terra na sua residência obtivessem uma horta, com certeza os preços das verduras desceriam ao alcance da bolsa do consumidor mais pobre. Isso propiciaria a sua aquisição pelas famílias que moram em cortiços ou nos apartamentos, loais com menos espaço para o cultivo (mas que também têm opções para hortas verticais e em vasos). O numero de compradores de verduras diminuiria sensivelmente e a famosa lei da oferta e da procura entraria em ação de novo. Ninguém mais ouviria, como eu ouvi, o mercador dizer: O preço é esse. Não é obrigado à comprar..."

TODAS ESSAS INFORMAÇÕES TIREI DO LIVRO "AS HORTALIÇAS NA MEDICINA DOMÉSTICA" de A. BALBACH

Conheça a SPIRULINA - SUPER ALIMENTO > 
http://www.fazendatamandua.com.br/instfaztam-espirulina.htm

Além desta fonte existem muitas outras disponíveis inclusive na internet, que mostram as questões de saúde nas escolhas de nossos alimentos.
Porém, meu maior interesse em que mais pessoas entendam questões nutricionais, é que parem de justificar suas escolhas falando de saúde ou necessidades humanas.

A questão da alimentação no mundo vai muito mais além da saúde!

É um tema SÓCIO-AMBIENTAL, onde o CAPITALISMO DOMINA e CONVENCE, VICIA e MANIPULA para ter cada vez mais LUCRO.
A política do capital usando de todas as ferramentas para dopar a mente da população. PÃO e CIRCO!

Usando o PRAZER como justificativa para o consumo de venenos, e MENTIRAS CRIMINOSAS que são IMPOSTAS já há muito tempo em benefício do CAPITAL.

Segue alguns links de vídeos relacionados que na minha opinião deveria ser pauta obrigatória em escolas, universidades e ações sociais por todo o mundo...

"A REVOLUÇÃO COMEÇA NO GARFO!



A CARNE É FRACA http://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA

TERRÁQUEOS http://www.youtube.com/watch?v=Flqj178NtpA ???

MUITO ALÉM DO PESO http://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k

O VENENO ESTÁ NA MESA http://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg

MONSANTO - A História e o Monopólio transgénico http://www.youtube.com/watch?v=nHg6FFv9Pzw

A HISTÓRIA DAS COISAS http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k 


ZEITGEIST  http://www.youtube.com/watch?v=LUNUXYHiqzg

Documentário da BBC - Sobrevivendo ao progresso legendado http://www.youtube.com/watch?v=tEThd-77J7Y


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Confesso ter MEDO!

ALMA the film http://vimeo.com/37190723

DEUS = = SAGRADO = TODOS OS SERES = INEXPLICÁVEL = IMENSURÁVEL = INSUBSTITUÍVEL...

...A DESTRUIÇÃO DISTO É RESPONSABILIDADE DE TODOS! E O MAIOR PREJUDICADO?
TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.


'O Papa Francisco criticou o que ele chamou de "capitalismo selvagem" em visita a uma cozinha nesta terça-feira, num discurso no qual pediu que os valores de generosidade e caridade sejam retomados.

"Um capitalismo selvagem ensinou a lógica do lucro a qualquer custo, de dar algo a fim de receber, da exploração sem pensar nas pessoas ... e vemos os resultados na crise que estamos enfrentando", disse o papa.

Francisco cumprimentou os homens e mulheres que foram à cozinha "Dom de Maria", localizada no Vaticano.

O primeiro papa não-europeu em séculos, o argentino pediu na semana passada uma reforma financeira, condenando a "ditadura da economia" e um "culto do dinheiro".

Francisco criou um estilo mais simples para o papado desde que assumiu o cargo em março, evitando roupas ornamentadas tradicionais e vivendo em uma casa de hóspedes em vez do Palácio Apostólico.

Ele disse querer uma Igreja Católica de 1,2 bilhão de fiéis que defenda os pobres e seja mais austera internamente.'

(Reportagem de Naomi O'Leary)


Isto tudo me dá MEDO...porque não consigo aceitar isto...sei que é preciso aceitação, compaixão, equanimidade...sinto que nada é por acaso...mas não consigo entender isto...porque muitos não conseguem VER...NÃO QUEREM VER...porque MUITOS, para não dizer a maioria, nem mesmo se importa...não assiste porque não quer se sentir culpado...ou não acredita que seja...ou não quer pensar sobre isto.
Me dá medo sim, pois estou BEM PRÓXIMA disto. Me dá medo porque sei que só de eu compartilhar isto, posso criar inimigos "maus"...gente que não vê outra coisa além de sua própria ilusão, ou se sente ameaçado por quem busca um mundo diferente, possível, mas que pode prejudicar seus interesses, sua comodidade, sua GULA, LUXÚRIA, PREGUIÇA...sua ZONA de CONFORTO.

Isso me dá medo mesmo eu CONFIANDO que as coisas acontecem como tem que ser...mesmo pensando que no fundo tudo deve ter uma explicação.

Mas me dá medo, porque ouvimos, vemos e sabemos de tantos atos que vão na direção oposta do AMOR, da UNIÃO e do BEM COMUM.

Não sou contra ninguém, não quero prejudicar ninguém, não tenho a intenção de ser prepotente, não acho que sou melhor nem pior que ninguém, nem que tenho a verdade, mas SINTO, sinto profundamente, intensamente, que tem alguma coisa muito errada...mas quando penso, quando reflito, quando tento racionalizar sobre isso, não consigo chegar a uma resposta...ora penso que falta amor, ora penso que falta educação, mas ai vejo que isto não justifica, pois muitas vezzes só falta vontade... ora penso que faltam catástrofes para exterminar a raça humana, ora penso que falta eu deixar de ser maluca e parar de pensar e querer ser coerente, pois a vida em si não tem coerência nenhuma...

Sei lá...

Só sei que minha lua sempre me deixa mais sensível...e que lua esta!
E que isto tudo me dá medo.
Por isso agradeço à minha FÉ, à minha POSITIVIDADE e à minha enorme VONTADE de ver este nosso mundo, nossa gente, nosso todo LIVRE de ações HIPÓCRITAS, INCONSCIENTES e CONDICIONADAS.

Porque muita gente diz ADORAR A DEUS, diz que segue A PALAVRA DE JESUS, que é ELEVADO ESPIRITUALMENTE, ETC, ETC, ETC...

Mas o que eu vejo, é muito BLÁBLÁBLÁ...não que eu veja só isso...pois se não fossem certas AÇÕES, certas pessoas, certos momentos...eu não estaria nesta estrada, CRENTE e CONTENTE com meu caminho.

GRATIDÃO AO GRANDE ESPÍRITO QUE NUTRE TODO DIA MINHA ALMA E MEU CORAÇÃO!!!
AHO! 
 

UMAPAZ - VONTADE, AMOR E AÇÃO = BEM COMUM!

O vídeo a seguir é mais uma coisa que me dá esperanças que há sim pessoas com as mãos na massa buscando o bem comum! https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=b_xj1JrpLhs

É possível viver de forma sustentável e em harmonia mesmo na situação de caos que já se instalou?
Existem soluções racionais práticas possíveis?
Podemos mudar nossos hábitos e escolhas sem perder nosso conforto, segurança e entretenimento?
É possível ter progresso com respeito?

SIM, SIM, SIM E SIM!!!
 E o que falta para isto acontecer?
Na minha opinião falta INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO focada nesta CULTURA DE PAZ e SUSTENTABILIDADE e VONTADE!!!

Falta VONTADE em muitos, para vermos mais estes tipos de AÇÕES... ...porém JÁ ESTÁ ACONTECENDO!
JÁ EXISTEM PESSOAS AGINDO COM ESTA CONSCIÊNCIA E MOSTRANDO SOLUÇÕES! Basta queremos VER e AGIR JUNTO! JUNTOS SOMOS MUITOS...mas nada cai do céu.
AS COISAS SÃO O QUE TEM QUE SER E O QUE A MAIORIA ACEITA QUE SEJA.
Vamos nos unir e sermos a mudança que queremos ver no mundo! Para o bem de TODOS OS SERES...para o BEM COMUM! Pois como dizia um hippie antigo, desses que ficaram marcados para a história, mas muitos já nem sabem direito quem ele realmente foi:
"AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO".

 EQUANIMIDADE, AMOR E COMPAIXÃO! AHO!!! AYAYA! NAMASTÊ _/\_

domingo, 26 de maio de 2013

Meus amigos | My friends,
eu quero mostrar à vocês um novo blog, feito com meu parceiro | I want show you a new blog, made with my partner!



BLOG AS AVENTURAS DE BOB MOLA & MARA BAMBA!!!

Somos Bob Mola e Mara Bamba, viajantes sustentáveis, e lhes damos as boas vindas ao nosso blog! Somos parceiros de estrada, companheiros dessa vida e cúmplices de sonhos e ideais. Somos amantes e defensores da natureza, entusiastas de um estilo de vida baseado no amor, na aventura, no aqui e no agora! Sustentamos uma vida simples, vivendo com confiança e positividade, tentando transmitir a todos que passam por nosso caminho um sentimento de gratidão e respeito, responsabilidade e ação!
Somos gente como toda gente, somos luz, somos imensidão! Somos amantes, somos filosofia, somos o que quisermos ser e àquilo que se possa Ver.
Somos todos um! Somos conexão, mensageiros dos irmãos…
Sejam bem vindos à nossas aventuras, sejam bem vindos à nossa grande missão!!!

http://bobmolaemarabamba.wordpress.com/