domingo, 9 de maio de 2010

NATURAL

(Foto by Cesar Tolgyesi)

Hoje, no mundo ocidental, é cada vez maior o número de pessoas conscientes de que a deterioração dos padrões de saúde é decorrente de maus hábitos alimentarres. A obesidade e a subnutrição são consequências diretas do consumo excessivo de amido e açúcar, bem como de produtos industrializados que após passar pelas fases de refinação, processamento e coloração artificial, acabam destituídos da maior parte de seus nutrientes. É por esse motivo que se observa um interesse sempre crescente por formas alternativas e mais saudáveis de alimentação.

Comer bem significa extrair o máximo proveito de alimentos integrais, naturais e não refinados, de alto valor nutritivo em proteínas, vitaminas e sais minerais, e isentos dos aditivos químicos. A recompensa é uma maior vitalidade, tanto física como mental, para que se possa esbanjar saúde. Afinal, a alimentação faz o homem.

Mudar exige esforço. Não é de uma hora para a outra que se abandonam maus hábitos alimentares profundamente arraigados. Portanto, recomenda-se que as alterações sejam feitas de maneira gradativa. O mais importante, porém, são as refeições do dia-a-dia, e, ainda que, numa fase inicial, você seja vencido pela vontade de saborear uma guloseima, o ideal é que desde o início procure manter uma alimentação rica em frutas frescas, verduras e produtos integrais.

Após experimentar o delicioso sabor dos alimentos naturais - e deleitar-se com a agradável surpresa de ver cabelos e olhos ganharem mais brilho, e o espírito, mais energia, como resultado dos novos padrões de saúde, todo e qualquer desejo de consumir produtos nocivos acabará desaparecendo, sem risco de recaída.

Dietas em que a carne é abolida da lista de ingredientes é para benefício daqueles interessados em complementar a alimentação com pratos naturais, saborosos e econômicos, ricos em todos os elementos nutrientes vitais. Isso com base na teoria, de validade comprovada, de que a maior parte das pessoas ingere uma quantidade excessiva de carne, para prejuízo da boa saúde. A natureza provê alimentos saudáveis em abundância e a boa alimentação pode e deve ser um privilégio de todos.

Todo mundo reconhece que as verduras e frutas cruas desempenham um papel importante na alimentação saudável. O cozimento destrói não só as vitaminas e os sais minerais, de alto valor nutritivo, como também as enzimas digestivas. Por esse motivo, o ideal é que toda refeição seja iniciada com algo cru e fresco, rico em enzimas que facilitam a digestão, estimulam os sucos gástricos e ajudam o organismo a digerir e utilizar as proteínas de maneira mair eficiente.

A bem da verdade, quase todos os alimentosm exceto aqueles ricos em amido, são mais saudáveis quando ingeridos crus. Devido ao fato do cozimento diminuir seu teor protéico, vitamínico e mineral, bem como enzímico, as frutas e verduras cruas possuem valor nutritivo muito mais elevado, ao mesmo tempo que são mais fácil e completamente digeridos. É o caso sobretudo dos alimentos ricos em proteína que são absorvidos mais integralmente pelo organismo quando ingeridos crus. Excetuando-se, é claro, os grãos de leguminosas (como ervilha seca, feijão e lentilha), mas que podem ser germinadas para também consumí-las cruas.
Também o leite os queijos e outros alimentos, como nozes, amêndoas e amendoim devem ser consumidos crus sempre que possível.

A inclusão da carne nas refeições é uma questão PURAMENTE PESSOAL, quaisquer que sejam os motivos. Cabe lembrar, porém, que num mundo superpovoado como o nosso, as proteínas, que representam parte essencial da estrutura de toda célula viva do organismo, são de valor inestimável. Enquanto milhões de pessoas morrem de fome, enormes quantidades de cereais e grãos de alto teor protéico são destinados à alimentação do gado de corte. São necessários cerca de 9 quilos de proteína vegetal para produzir apenas meio quilo de carne. Cerca de 24.000 animais eram abatidos todos os dias úteis apenas na Grã-Bretanha enquanto o livro que estou usando de referência para obter essas informações estava sendo produzido.

Há ainda outras considerações a fazer sobre o consumo de carne como fonte de proteína numa alimentação sadia. À medida que, juntamente com a elevação do padrão de vida no abstado mundo ocidental, se elevam os índices do consumo de carne como principal fonte de proteína, estatísticas mostram o aumento da porcentagem de distúrbios digestivos, ataque cardíaco e câncer. É inevitável, portanto, que surjam dúvidas sobre a decisão de incluir pratos com carne em refeições que almejem a manutenção da boa saúde, independentemente da visão ideológica que se tem em relação a este assunto. O que pode ajudar ou não nesta mudança realcionada à saúde e consequentemente ajudando em outras questões ligadas direta e indiretamente ao consmo de carne.

Um dos fatores que podem justificar a abolição da carne no cardápio é o fato de o cozimento destruir as enzimas digestivas básicas de todos os alimentos. Com base nesse raciocínio, a carne cozida não é completamente assimilida pelo aparelho digestivo. Com efeito, quanto mais se cozinha a carne, mais indigesta ela se torna, transformando-se, em consequência, numa matéria residual difícil de ser eliminada pelo organismo com a necessária rapidez. Esse resíduo protéico retido e semidigerido acaba se tornando tóxico no intestino, sujando e envenenando a corrente sanguínea.

Outro fator nocivo à saúde decorrente da ingestão de carne e produtos animais processados é a inclusão de muitos aditivos artificiais. Os animais criados para corte em escala industrial são normalmente engordados à base de hormônios, ao passo que os produtos animais ou laticíneos são submetidos a tratamento com concervantes químicos. As substâncias químicas, os hormônios, o sal em excesso e outros aditivos provocam a obstrução das células.
Portanto, embora seja aconselhável excluir as carnes das refeições diárias, deve-se, em caso de necessidade, evitar os produtos oriundos de matadouros ou industrializados e optar pela carne de animais criados naturalmente, aves selvagens e peixes. Da mesma forma, os ovos devem ser puros, procedentes de granjas que não operam em escala industrial, os queijos, naturais e não processados, e os lactobacilos, vivos, para maior benefício da saúde. Além do mais, todos os alimentos ricos em proteína, inclusive a carne cozida, são mais fácil e completamente digeridos se servidos com saladas ou verduras ligeiramente cozidas.
Em função do consumo excessivo de carne e produtos processados, juntamente com os aditivos químicos utilizados na fabricação de tantos alimentos sem valor nutritivo como o açúcar e farinhas refinadas, não adimira que o sistema digestivo do homem moderno padeça de tantas deficiências. Os produtos alimentares tóxicos permanecem por tempo demasiado longo no intestino, o que aumenta as probabilidades de sobrevivência dos germes e vírus que subsistem nas matérias residuais do corpo. Portanto, é provável que a má alimentação e a contaminação e intoxicação da corrente sanguínea dela resuntantes contribuam para os diversos problemas digestivos, doenças e viroses tão comuns hoje em dia.

Assim, a ingestão de uma quantidade suficiente de substâncias fibrosas é exxencial para a boa saúde, pois elas estimulam a eliminação de substâncias residuais do organismo. Os alimentos ricos em fibras, como cereais integrais, grãos de leguminosas, nozes e frutas, devem constituir elementos de primordial importância da boa alimentação.

LIVRO:
"Cozinha NATURAL Saldável e Gostosa" de Philippa Annett > Informações sobre vários alimentos, dicas e ótimas receitas de comidinhas naturais, saudáveis e saborosas.

Um comentário:

Tati disse...

Muito bom, foto e texto!

P.s.: Só não disse BOA, pq vc podia confundir as coisas, hahaha!