SEXTA-FEIRA, 6 DE MAIO DE 2011
Eu sabia!
Você já teve vontade de dizer, ou já disse: "Eu sabia!"? Hoje eu vi uma matéria na internet dizendo que o "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, é um dos cinco livros prediletos de Woody Allen. No final do ano passado eu postei sobre os dois autores com um intervalo de apenas dois meses. Não fiz relação nenhuma entre eles na minha cabeça nem nos textos, mas pensando bem agora, faz todo sentido, não faz? Woody Allen e Machado de Assis... Eu ousaria dizer que o segundo é ainda mais atemporal, mas uma resposta para isto talvez só esteja clara daqui a cem anos. Isto me faz lembrar que nunca tivemos um autor brasileiro vencedor do Nobel de literatura. Aliás, acho que brasileiro nenhum jamais ganhou Nobel em nenhuma área. Não por não merecer; já ouvi um comentário de que isto nunca aconteceu devido a nossos autores escreverem em língua portuguesa. Ou seja, se tivessem sido escritas em inglês, por exemplo, haveria grandes chances de nossas obras terem angariado este prêmio. Por outro lado, José Saramago ganhou o prêmio recentemente. Mas como traduzir Guimarães Rosa, por exemplo? Como entender Guimarães Rosa sem ser brasileiro, sem conhecer os meandros de nossa cultura, tradições, idiossincrasias? Impossível. Teremos que nos contentar com nosso próprio julgamento, e não aguardar o dos outros. Aliás, tarefa deveras saudável! Falta fé ainda em nossa própria crítica. Para poder dizer em alto e bom som que a música brasileira é a melhor do mundo! Que os melhores discos da Sarah Vaughan foram aqueles dedicados à música brasileira. Que Machado de Assis foi um dos maiores escritores da história, não só brasileira, mas mundial. Que a gastronomia brasileira é das melhores. Que o povo é bonito. Que somos campeões no futebol, no tênis, na natação e até no narcotráfico.
Brasil-sil-sil!
Brasil-sil-sil!
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