Quero me libertar!
Não posso ignorar, preciso parar de lutar,
não mais ensconder o sentimento que naturalmente há de haver!
Naturalmente pode acontecer...
Eu quero me entregar à maré,
me deixar levar pelas correntes do prazer,
e flutuar nos ventos, como pluma,
flutuar como bolha de sabão e,
explodir nos limites do meu poder...
Eu quero ser o que sou,
e ser tudo o que posso, ou além do que vejo,
sendo vendo e vendo inevitavelmente, ou,
querendo apenas um beijo...
Eu quero, querendo.
Apenas o beijo!
Ou,
sendo apenas aquilo que sou,
ou além do que vejo!
Sendo...
Eu quero não mais querer!
Porque só assim hei de compreender,
que nada além do que posso ver,
vêm de onde está o meu querer...
Pois sou!
E serei também.
Dexarei de ser, e a cada momento não será como o que sou,
ou fui, ou um dia posso ser!
Ou...
continuarei querendo.
Eu quero nada desse tudo que me rodeia.
Porém,
eu quero tudo, desse nada que nada sei!
Eu quero deixar minha energia vibrar,
como caimbra ao reamar,
anestesiando com o tempo do ajoelhar,
e a levesa que sinto na cia da erva de Jah!
Sinto-me embebedada com amigos a me rodear,
e cobiço a sensação e não quero parar!
Fujo dos vícios, mas até isto pode me dominar...
Eu quero o veneno para assim poder pensar,
pensar na melhor escolha que fiz,
e esta é apenas flanar!!!
Quero flanar pelo mundo!
Quisera eu flanar pela vida...
flanar pelas mentes e porque não,
nos corações.
Flanar como acordar!
Eu quero somente poder não esperar...
não cobiçar,
quero nunca me frustrar,
pois se assim for,
assim foi que escolhi ser.
E será que escolho mesmo?
Ou,
que tenho escolha?
Será que mergulhando poderei ver,
além daquilo que via?
Eu quero mergulhar de cabeça!
E eu quero um desafio,
quero pular!
Pular pra dentro de mim...
Deixar-me entrar naturalmente,
entre as entranhas que me cegam,
e descobrir todo meu dentro,
chegar ao centro!
Eu quero...
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